TOQUE DE BOLA

SÉRGIO CARVALHO

Estreia de Carlo Ancelotti na Seleção foi aceitável

O técnico do Brasil acertou o sistema defensivo, porém, ainda precisa acertar o meio-campo e o ataque nos próximos jogos.

Eliminatórias - 2025
Carlo Ancelotti: arrumou a defesa em dois treinos. Foto: Rafael Ribeiro - CBF

Por SÉRGIO CARVALHO

São Paulo, SP, 6 (AFI) – O primeiro jogo de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira foi aceitável. Afinal, empatar com o Equador, segundo colocado na classificação das Eliminatórias Sul-Americanas em Guayaquil, casa do adversário, foi sim um bom resultado para o time brasileiro.

Durante o jogo, ficou claro que no sistema defensivo o técnico italiano acertou em tudo. A defesa foi um paredão à frente do bom ataque equatoriano. Em compensação, no meio campo voltou a faltar um meia de armação, estilo dos que o Brasil teve no ado, e no ataque, faltou objetividade ao trio atacante brasileiro que, em alguns momentos, até contou com forte apoio dos homens de meio campo.

Se Ancelotti, com apenas dois treinamentos, já conseguiu arrumar o então deficiente sistema defensivo brasileiro. No resto, ele ainda deixou a desejar.

BOM EMPATE FORA

De qualquer forma, como fatores positivos, podemos dizer que o time brasileiro arrancou um bom empate fora de casa e agora, diante do ascendente Paraguai, terça-feira que vem, em São Paulo, terá a chance de, se vencer, garantir sua sonhada vaga na próxima Copa do Mundo.

Detalhe: no Equador, nosso melhor atacante, o artilheiro Raphinha, do Barcelona, não pôde jogar porque estava suspenso. Mas no próximo jogo, diante do Paraguai, ele já poderá estar a postos. Com ele, o ataque brasileiro vai subir muito de produção, e poderá voltar a fazer os gols que a torcida brasileira espera.

Eliminatórias - 2025
Casemiro: confiança na Seleção. Foto: Rafael Ribeiro – CBF

ATUAÇÕES DO BRASIL

Numa análise fria sobre a atuação do time brasileiro, diríamos que Alisson fez muito bem sua parte e justificou sua escalação como titular do time. É mesmo um excelente goleiro e dá segurança aos zagueiros quando os adversários conseguem acertar o gol do Brasil.

Na linha de defesa, Vanderson foi o menos eficiente. Mostrou em alguns momentos, total falta de entrosamento com o zagueiro Marquinhos. Ainda assim, cumpriu sua missão. No miolo de zaga, Marquinhos foi muito bem, assim como seu companheiro de zaga, Alessandro. Pelo alto e por baixo, os dois foram quase intransponíveis.

Na lateral esquerda, Alex Sandro (do Flamengo) deu conta do recado. No meio campo Casemiro foi um autêntico líder e jogou o futebol que Ancelotti esperava. Bruno Guimarães, ao contrário, fez um jogo bem abaixo de seu nível. Ainda não se firmou na seleção.

GERSON, VINI E ESTEVÃO

Gerson também não brilhou como o esperado. Futebol sem objetividade de bem modesto. Estevão não foi o ponta que acostumamos ver no Palmeiras. Fez poucas jogadas de qualidade. Vini Júnior correu muito, tentou jogar como no Real Madrid, mas ainda não fez uma partida ao nível que fazia no clube espanhol.

Richarlyson fracassou de novo. Acho que ele não vai emplacar como titular de Ancelotti. Andreas, Andrey, Martinelli e Matheus Cunha entraram no segundo tempo, mas pouco fizeram de importante.

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