Saiba como Diego Torres pode ajudar o Guarani a reagir na Série C
Contratado com auxílio de investidores, o veterano assinou até dezembro de 2026 e será o novo camisa 10 do Bugre.
Saiba quem é Diego Torres e por que ele foi escolhido como a peça-chave do Guarani em meio à crise técnica.

Campinas, SP, 09, (AFI) – Anunciado como principal reforço do Guarani para a sequência da Série C do Campeonato Brasileiro, o meia argentino Diego Torres, de 34 anos, chega ao Brinco de Ouro carregando o peso da responsabilidade.
Contratado com auxílio de investidores, o veterano assinou até dezembro de 2026 e será o novo camisa 10 do Bugre. A expectativa é que ele assuma o papel de protagonista na tentativa de reabilitação do time alviverde, atualmente afundado na parte de baixo da tabela.
Mas, afinal, quem é Diego Torres? E por que ele foi escolhido como a peça-chave do Guarani em meio à crise técnica?
EXPERIÊNCIA, REGULARIDADE E TÍTULOS
Natural de Villa Nueva, na Argentina, Diego Fabián Torres começou a carreira no Chacarita Juniors, onde subiu ao profissional em 2008. Com poucas oportunidades, rodou por clubes como o Alumni de Villa María e se destacou mesmo no Estudiantes de Caseros, onde viveu grande fase entre 2013 e 2015: foram 76 jogos e 20 gols, chamando atenção do exterior.
Em 2016, partiu para o Chile, onde defendeu o Deportes Iquique por três temporadas. Camisa 10 e líder técnico, foi vice-campeão nacional e disputou a Libertadores. Chegou, inclusive, a marcar um belo gol de falta contra o Grêmio. O bom desempenho chamou atenção da Chapecoense, que pagou a multa rescisória para trazê-lo ao Brasil.
Desde então, o meia disputou cinco edições seguidas da Série B, vestindo camisas de peso como Chapecoense, CRB, Novorizontino, Vitória e Vila Nova, além de conquistar a Série C com o Amazonas, em 2023.
NÚMEROS NA MALA
Nos últimos cinco anos, Diego manteve uma impressionante média de 44 jogos por temporada. Só no CRB, por exemplo, participou de 113 jogos, com 32 participações diretas em gols (gols + assistências), sendo campeão alagoano em 2020 e 2022.
Seu último clube foi o Vila Nova, na Série B deste ano, onde disputou 25 partidas, anotando um gol e cinco assistências, além de conquistar o Campeonato Goiano. Mesmo aos 34 anos, mostrou fôlego, liderança e repertório técnico.
INVESTIMENTO DE PESO
A contratação de Diego Torres não foi simples. Inicialmente, o Guarani tentou bancar o salário com recursos próprios, mas esbarrou na exigência por garantias. Foi então que investidores ligados ao projeto de SAF entraram em cena e assumiram parte do custo, convencendo o argentino com uma proposta acima de R$ 100 mil mensais – números que, segundo apuração, podem chegar a R$ 130 mil com variáveis.
Esses investidores, inclusive, são ligados ao grupo Ninja Rondano, que tem interesse direto em adquirir a SAF do Guarani. A chegada de Torres, nesse contexto, pode ser o primeiro movimento estratégico rumo à profissionalização definitiva da gestão bugrina.
REFORÇO FUNDAMENTAL
Com o Guarani na 16ª posição, apenas um ponto acima da zona de rebaixamento, a diretoria decidiu agir. A ideia é clara: reposicionar o clube na tabela, entrar no G-8 e buscar o o.
Torres chega para ser referência técnica no time de Marcelo Fernandes. É exímio cobrador de faltas e escanteios, tem qualidade no último e e experiência para cadenciar o jogo quando necessário. Pode atuar tanto como meia centralizado quanto aberto pelo lado, como fez com sucesso em alguns momentos na Chapecoense e no CRB.
A expectativa é que, com ritmo e confiança, o camisa 10 seja o cérebro da equipe dentro de campo – algo que o Bugre sentiu falta nas primeiras rodadas.
CLÁUSULA DECISIVA
O contrato com o Guarani prevê uma cláusula curiosa: caso o clube não conquiste o o e o jogador receba propostas de clubes do exterior ou divisões superiores após o Paulistão de 2026, Torres poderá solicitar a rescisão unilateral.
Ou seja, o Bugre terá que fazer valer o investimento – dentro e fora de campo.
O próximo compromisso bugrino será justamente contra o Itabaiana, rival direto na luta contra o rebaixamento, no domingo, 15 de junho, no Brinco. A estreia de Diego Torres, se regularizado, pode acontecer já nesta partida.
Com a chegada do argentino e mais seis reforços (Cicinho, Diogo Silva, Vitinho, Kelvi, Kauã Jesus e Bruno Santos), o Guarani tenta escrever um novo capítulo em uma Série C que, até agora, tem sido de drama.
CARTAS NA MESA
A chegada de Diego Torres é muito mais do que a contratação de um jogador experiente. É uma jogada estratégica que pode influenciar o desempenho esportivo e o futuro institucional do clube. Com investidores na retaguarda, SAF no radar e um camisa 10 pronto para assumir o protagonismo, o Guarani lança suas cartas.
Agora, só o tempo (e os resultados) dirão se essa aposta será vencedora.