NASA nega vínculo com brasileira que promete voo espacial em 2029
Brasileira afirma participação em missão não autorizada, enquanto NASA esclarece não ter conexão com ela
Laysa Peixoto diz ter treinamento da NASA e voará com a Titans Space, mas agência espacial desmente qualquer relação.

Belo Horizonte, MG, 12 (AFI) – A mineira Laysa Peixoto viralizou nas redes sociais ao anunciar sua participação no voo inaugural da Titans Space, previsto para 2029. A jovem afirma ter concluído treinamento de astronauta pela NASA, mas a agência espacial norte-americana negou qualquer vínculo com ela.
“Fui selecionada para me tornar astronauta de carreira, atuando em voos espaciais tripulados para estações espaciais privadas, e para futuras missões tripuladas à Lua e para Marte. Sou oficialmente astronauta da turma de 2025 e farei parte do voo inaugural da Titans Space”, publicou Laysa.
NASA DESMENTE INFORMAÇÕES
Em nota, a NASA esclareceu que não tem registro de Laysa Peixoto em seus programas de treinamento
e que não há colaboração com a missão da Titans Space. A agência reforçou que apenas astronautas certificados por ela ou por parceiros oficiais, como a SpaceX, podem realizar voos espaciais nos EUA.
A Titans Space, empresa citada por Laysa Peixoto, ainda não possui autorização da FAA (istração Federal de Aviação) para operar voos tripulados. O órgão regulador americano confirmou que nenhuma permissão foi emitida para a companhia.
HISTÓRICO DE POLÊMICAS DE LAYSA PEIXOTO
Em 2022, Laysa Peixoto já havia declarado publicamente ter sido aprovada em um curso da NASA, informação que também foi desmentida na época. Agora, a jovem insiste que fará parte da primeira missão da Titans Space, apesar da falta de aval das autoridades espaciais norte-americanas.
Especialistas alertam para riscos de projetos não regulamentados e desinformação. Voos espaciais exigem certificações rígidas e protocolos internacionais. Qualquer empresa sem aprovação da FAA ou NASA coloca ageiros em perigo, disse um especialista em direito aeroespacial.
Enquanto isso, Laysa Peixoto mantém suas postagens sobre a suposta viagem, atraindo curiosidade, apoio, ceticismo e polêmicas nas redes sociais. A Titans Space não se pronunciou oficialmente sobre as alegações da NASA e FAA, mas continua a divulgar planos de seus próximos lançamentos.
MAIS SOBRE A NASA
A NASA (istração Nacional da Aeronáutica e Espaço) é a agência civil de exploração espacial dos EUA, fundada em 1958. Sua missão abrange pesquisa aeroespacial, ciência terrestre e observação do cosmos, além do desenvolvimento de tecnologia avançada e programas de voos tripulados e robóticos. Entre os destaques estão o Programa Artemis, que planeja retorno à Lua, a Estação Espacial Internacional e a exploração de Marte. A agência também monitora o clima e estuda fenômenos como asteroides e o Sol, mantendo parcerias globais e fomentando a inovação científica e tecnológica.
MAIS SOBRE FAA
A FAA (Federal Aviation istration) é a agência responsável por regulamentar e supervisionar a aviação civil nos EUA, fundada em 1958 e vinculada ao Departamento de Transporte desde 1967 . Sua missão é manter o sistema aéreo mais seguro e eficiente do mundo, atuando no controle de tráfego, certificação de pilotos e aeronaves, normas para aeroportos e licenciamento de lançamentos espaciais. A agência também desenvolve infraestrutura de navegação, pesquisa aeronáutica, programas ambientais (como controle de ruído) e integra operações civis, militares e espaciais no espaço aéreo nacional.
MAIS SOBRE TITANS SPACE
A Titans Space é uma divisão da holding Titans Universe voltada ao desenvolvimento de infraestrutura de transporte espacial de ponta, com foco em spaceplanes reutilizáveis de decida e pouso horizontal. A empresa planeja oferecer voos orbitais, suborbitais e transporte ponto-a-ponto de pessoas e carga, além de operações de turismo, pesquisa científica, logística orbital e remediação de detritos. Com um investimento de US$ 1 bilhão em 2025, a Titans está construindo fábricas, centros de propulsão e estações Orbitais & Lunares para viabilizar voos frequentes e seguros.
A missão da empresa é industrializar a órbita terrestre, reduzir impactos da Terra transferindo indústrias poluentes para a Lua e estabelecer uma colônia lunar, o “Titania Lunar Resort”, nos próximos 10 a 15 anos. A infraestrutura inclui spaceplanes SSTO, OrbitalPorts em órbita baixa e na Lua, robótica para manutenção orbital e planos ambiciosos para transporte entre Terra, Lua e Marte.