Veja o que cada time precisa para decidir o Paulistão dentro de casa
A vantagem de ter a melhor campanha garante aos finalistas disputar o segundo jogo dentro de casa
Nenhum dos quatro semifinais quis assumir o favoritismo na segunda decisão

São Paulo, SP, 18 (AFI) – Nenhum dos quatro semifinais quis assumir o favoritismo na segunda decisão do Campeonato Paulista. Mesmo com a goleada, a Ponte Preta seguiu com os pés no chão e promete manter a intensidade contra o Palmeiras, que por mais difícil que seja, também continua acreditando na classificação. Do outro lado, o Corinthians assume que abriu uma “boa vantagem”, mas não descarta uma surpresa do São Paulo na Arena. Bom, se todos têm chances, então as contas são mais complexas.
A vantagem de ter a melhor campanha garante aos finalistas disputar o segundo jogo dentro de casa, com o apoio da sua torcida. Nos últimos seis anos, em quatro oportunidades o time que teve a vantagem de jogar com o mando de campo levou a taça para casa. As exceções foram em 2013 e 2014, quando Corinthians e Ituano, respectivamente, bateram a até então hegemonia do Santos no estadual. Bom, explicado isso, vamos às contas:
J | P | V | E | D | GP | GC | SG | |
Palmeiras | 15 | 31 | 10 | 1 | 4 | 29 | 12 | 17 |
Corinthians | 15 | 31 | 9 | 4 | 2 | 17 | 9 | 8 |
Ponte Preta | 15 | 28 | 8 | 4 | 3 | 22 | 17 | 5 |
São Paulo | 15 | 26 | 7 | 5 | 3 | 32 | 22 | 10 |
Para o Palmeiras chegar a final com a melhor campanha “basta” classificar. Mas a missão não será nem um pouco fácil, já que precisaria vencer a consistente Ponte Preta por quatro gols de diferença se quiser a vaga sem os pênaltis – o primeiro jogo foi 3 a 0 para os campineiros. Com 31 pontos e 10 vitórias, a classificação impede que o Corinthians, único que pode alcança-lo, também com 31 pontos, mas nove vitórias, chegue na ponta da classificação.
Todos os outros times, se quiserem classificar com a melhor campanha, precisam torcer pela eliminação do Palmeiras. Partindo desse pressuposto, o Corinthians depende apenas de um empate para eliminar o São Paulo, já que venceu o primeiro jogo no Morumbi por 2 a 0, e de quebra ainda fica com a ponta. Mas, se perder por um gol e classificar, precisa torcer contra a Ponte Preta, única que pode alcança-lo com 28 pontos.

A situação da Ponte Preta é um pouco mais complexa. O time de Gilson Kleina precisaria vencer o Palmeiras mais uma vez e torcer pela derrota do Corinthians para continuar na briga, e ainda assim tirar três gols de saldo do alvinegro. Outra possibilidade é vencer na Arena Palmeiras, por qualquer placar, e torcer pela classificação do São Paulo na Arena Itaquera. O time do Morumbi até aqui é o pior dos semifinalistas, com 26 pontos.
Justamente por isso a situação mais difícil de todas é o São Paulo assumir a liderança da classificação geral. Primeira precisaria eliminar o tabu e vencer o Corinthians fora de casa por dois gols de diferença ou mais. Depois teria que torcer por um empate ou derrota da Ponte Preta contra o Palmeiras – mas sem ser desclassificada. Apenas nessas condições o time de Rogério Ceni teria a vantagem de decidir o segundo jogo dentro de casa. Isso porque tem melhor saldo de gols do que os campineiros.